segunda-feira, 3 de novembro de 2008

o pêndulo

Hoje numa aula de física, sim daquelas que eu não costumo prestar lá muita atenção, porém algo chamou-me atenção.
Meu professor, ensinou sobre Pêndulos Simples, e uma hora disse que nossas emoções eram como um pêndulo e que isso era uma teoria da Psicologia, então parei para ouvir, afinal irei escutar isso só por todo o resto da minha vida - assim pretendo.

Ele disse que num pêndulo se a amplitude da ida é grande, a volta será na mesma amplitude, ou seja, grande. E que nossas emoções também são assim, se somos pouco alegres, somos pouco deprimidos, tanto que as pessoas mais deprimidas são os palhaços, pois por tanto espaço de tempo eles são obrigados a ser TÃO FELIZES por todo mundo que quando toda máscara tingida cai, eles rendem-se à volta do pêndulo, na mesma medida.

Me vejo na mesma situação, minha indumentária de realização plena era tão perfeita, tão estável, tão eterna. E passou trazendo o pólo oposto, numa das mais decadentes depressões, olhando tudo por baixo.

Onde estão meus dias felizes? Onde está meu ano de 2008? Amei tão enlouquecidamente, ri tão fervorosamente, me entreguei tão ferozmente para agora estar sozinha, cercada de pessoas que eu não faço mais idéia se posso ou não confiar.

É o MALDITO PÊNDULO!
Daria todo meu ar, arrisco todo meu ouro, como diria Paula Toller, por sentimentos plenos como os que eu tinha até algumas semanas atrás. Eu queria congelar tudo e todos só para estar ao lado dele, respirando o mesmo ar, vivendo na mesma página do mesmo livro. Estamos apenas na mesma prateleira, do mesmo leitor e este não consegue ler duas coisas ao mesmo tempo, ele tentou, embaralhou as histórias e está pondo-as novamente separadas e eu e ele, somos de histórias diferentes.
Ele vem de um romance vitoriano, o mocinho rebelde, e eu venho de uma comédia teatral, a vilã atrapalhada que fica sozinha no final.

Pego minha caneta, e reescrevo minha história, entretanto, o título ainda é "A Solitária Maria Luíza".

Acho que junto da felicidade perdi a coerência, pois o que foi minha grande epifania, sumiu como se eu tivesse alzheimer.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei o amor e o sonho
Sem saber
Que o palhaço pinta o rosto
Pra viver ♪

é, pois é... :(

Ana Munch disse...

Física é do mal priminha...rs
Mas fora isso, tenho depois um texto pra te passar, que tentei falar um pouco sobre esse 2008 tao louco... Mas reafirmo o que disse no fotolog, voce viveu prima, parabens! O texto, bem é seu né... nao preciso dizer mais nada. Bjos da sua MAIOR (em todos os sentidos... hahaha) fã! *-*